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quinta-feira, 9 de abril de 2015

DIia Mundial de Combate a Doença de Parkinson



Leslie Aloan, Presidente do INASE

A Doença de Parkinson ocorre devido à degeneração das células nervosas (neurônios) situadas numa estrutura do cérebro, designada de substância nigra. Estes neurônios produzem uma substância designada dopamina (um neurotransmissor), que atua como um mensageiro químico responsável pela transmissão de sinais que garantem a atividade dos músculos. A diminuição dos níveis de dopamina cria um desequilíbrio com a acetilcolina, outro neurotransmissor. Este desequilíbrio entre os dois neurotransmissores faz com que que os indivíduos sejam incapazes de controlar os seus próprios movimentos de forma normal. Os sintomas motores da Doença de Parkinson tornam-se evidentes quando 60 a 80% das células dopaminérgicas deixam de funcionar normalmente. A dopamina está também associada à eficiência do processamento de informação, pelo que a sua deficiência pode ser também responsável por problemas de memória e de concentração. Nas últimas décadas, a Doença de Parkinson tem sido investigada intensamente sem que a sua causa tenha sido ainda encontrada. A hipótese mais consensual neste momento é que a causa não seja única mas multifatorial.
O Dia Mundial da Doença de Parkinson é comemorado  em 11 de abril. A doença atinge 1% da população mundial acima dos 65 anos, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Só no Brasil, cerca de 400 mil pessoas são portadoras deste mal. Apesar dos números serem preocupantes, a doença ainda não é tão conhecida. É a segunda doença neuro degenerativa mais comum. A doença pode manifestar-se pela quinta ou sexta década da vida, e só excepcionalmente mais cedo. Os casos diagnosticados antes dos 40 anos são raros, constituindo cerca de 5% dos casos de DP de início precoce.
Com o atual tratamento, a esperança média de vida destes pacientes é de cerca de 15 anos após o início dos sintomas. De acordo com especialistas, para o tratamento da Doença de Parkinson é necessário sessões de fisioterapia, fonoaudiologia, além de ter um suporte psicológico e nutricional com a finalidade de reduzir o prejuízo funcional decorrente da doença. Dessa forma, é possível que o paciente tenha uma vida independente e com qualidade por muitos anos.

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