Leslie Aloan,
Presidente do INASE
A Doença de Parkinson ocorre
devido à degeneração das células nervosas (neurônios) situadas numa estrutura
do cérebro, designada de substância nigra. Estes neurônios produzem uma
substância designada dopamina (um neurotransmissor), que atua como um
mensageiro químico responsável pela transmissão de sinais que garantem a
atividade dos músculos. A diminuição dos níveis de dopamina cria um
desequilíbrio com a acetilcolina, outro neurotransmissor. Este desequilíbrio
entre os dois neurotransmissores faz com que que os indivíduos sejam incapazes
de controlar os seus próprios movimentos de forma normal. Os sintomas motores
da Doença de Parkinson tornam-se evidentes quando 60 a 80% das células
dopaminérgicas deixam de funcionar normalmente. A dopamina está também
associada à eficiência do processamento de informação, pelo que a sua
deficiência pode ser também responsável por problemas de memória e de
concentração. Nas últimas décadas, a Doença de Parkinson tem sido investigada
intensamente sem que a sua causa tenha sido ainda encontrada. A hipótese mais
consensual neste momento é que a causa não seja única mas multifatorial.
O Dia Mundial da Doença de
Parkinson é comemorado em 11 de abril. A
doença atinge 1% da população mundial acima dos 65 anos, segundo dados da
Organização Mundial da Saúde (OMS). Só no Brasil, cerca de 400 mil pessoas são
portadoras deste mal. Apesar dos números serem preocupantes, a doença ainda não
é tão conhecida. É a segunda doença neuro degenerativa mais comum. A doença
pode manifestar-se pela quinta ou sexta década da vida, e só excepcionalmente
mais cedo. Os casos diagnosticados antes dos 40 anos são raros, constituindo
cerca de 5% dos casos de DP de início precoce.
Com o atual tratamento, a
esperança média de vida destes pacientes é de cerca de 15 anos após o início
dos sintomas. De acordo com especialistas, para o tratamento da Doença de
Parkinson é necessário sessões de fisioterapia, fonoaudiologia, além de ter um
suporte psicológico e nutricional com a finalidade de reduzir o prejuízo
funcional decorrente da doença. Dessa forma, é possível que o paciente tenha
uma vida independente e com qualidade por muitos anos.
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