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sábado, 30 de maio de 2015

A Vida sem Tabaco

Leslie Aloan, Presidente do INASE

Pesquisas sobre o assunto atribuem a descoberta do cigarro aos nativos do continente americano. Alguns indícios arqueológicos indicam que o seu uso já ocorria há mais de  oito mil anos. Os astecas fumavam o tabaco enrolado em folhas de junco ou tubos de cana. Outros povos preferiam a conhecida casca do milho. Em um vaso maia do século X, foram encontrados indícios arqueológicos com o desenho de um grupo de indígenas fumando um chumaço de folhas de tabaco enroladas a um tipo de barbante.

Quando Cristóvão Colombo chegou à América, aproximadamente cinco séculos mais tarde, os europeus tomaram gosto pelos hábitos dos nativos encontrados na região das Bahamas. Na ocasião, o navegador Rodrigo de Xerxes experimentou o hábito indígena e, quando retornou à Europa, levou algumas folhas consigo. Algumas décadas mais tarde, os europeus passaram a reinventar os modos de consumo do tabaco. 

Já no século XVI apareceram os primeiros charutos, que se restringiam a uma pequena parcela da população que tinha condições de pagar pela cara especiaria. Surpreendentemente, foi o próprio caráter excludente do charuto que abriu caminho para a criação do cigarro. Trabalhadores pobres de Sevilha picavam restos de charuto na rua e enrolavam em papel. Segundo algumas estimativas, no final do século XIX, o hábito de mascar tabaco era bem mais popular que o consumo do cigarro. Somente no final desse mesmo século, o cigarro foi popularizado quando James Bonsack criou a máquina de enrolar cigarros.

Segundo algumas estimativas, cerca de um bilhão de pessoas fumam regularmente, ou seja, perto de 15% da população mundial. A popularização do seu consumo acabou incitando vários problemas de saúde pública que hoje justificam a proibição por lei do uso do cigarro em lugares onde há grande circulação de pessoas. O tabagismo sofreu uma oposição precoce, baseado mais no desgosto das pessoas que circundavam os fumantes do que realmente em motivos de saúde.

O curto papado de 13 dias do Papa Urbano VII incluiu a primeira proibição de fumar em público, em 1590. O papa ameaçou excomungar quem "fumar tabaco no pórtico ou no interior de uma igreja, quer o tabaco seja mascado, fumado em um cachimbo ou, em pó, cheirado pelo nariz". Depois disso, algumas cidades europeias adotaram a proibição ao fumo. Entre elas Ducado da Alta Saxônia, a Baviera e algumas cidades na Áustria, logo no final dos anos 1600. Com o decorrer do tempo, outras cidades seguiram, foi proibido fumar em Berlim em 1723, em Königsberg em 1742, e em Stettin em 1744. Estas proibições foram todas revogadas nas Revoluções de 1848.

A primeira proibição antitabagista nacional da era moderna foi a do movimento antitabagismo na Alemanha nazista, imposta pelo Partido Nazista em todas as universidades, correios, hospitais militares e escritórios do Partido Nazista na Alemanha. Atualmente, as mais proeminentes organizações antitabagismo incluem as entidades norte-americanas “Ação sobre Fumo e Saúde” (ou Action on Smoking and Health) e “Ação no Espaço Aéreo sobre Fumo e Saúde” ou (Airspace Action on Smoking and Health) e a organização canadense “Conselho Canadense para o Controle do Tabaco”. No Brasil as campanhas antitabagistas são coordenadas pela “Agência Nacional de Vigilância Sanitária”.

Crianças e adolescentes deveriam ser impedidos de começar a fumar. Fumantes devem ser motivados para deixar de fumar para sua própria proteção.

As estatísticas revelam que os fumantes comparados aos não fumantes apresentam risco:

• 10 vezes maior de adoecer de câncer de pulmão
• 5 vezes maior de sofrer infarto
• 5 vezes maior de sofrer de bronquite crônica e enfisema pulmonar
• 2 vezes maior de sofrer derrame cerebral

Se parar de fumar agora…

• após 20 minutos sua pressão sanguínea e a pulsação voltam ao normal
• após 2 horas não tem mais nicotina no seu sangue
• após 8 horas o nível de oxigênio no sangue se normaliza
• após 2 dias seu olfato já percebe melhor os cheiros e seu paladar já degusta a comida melhor
• após 3 semanas a respiração fica mais fácil e a circulação melhora
• após 5 a 10 anos o risco de sofrer infarto será igual ao de quem nunca fumou

Portanto,

Quem não fuma aproveita mais a vida!

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