Leslie Aloan, Presidente do INASE
A expressão hospital deriva do latim ‘hospitalis’, de ‘ser
hospitaleiro’, de ‘hóspede, estrangeiro’, e
‘aquele que hospeda’.
Remontam a 3000 anos a.C. dados sobre o exercício da
medicina entre os assírio-babilônicos, regulamentada pelo Código de Hamurabi,
que data de 2.250 anos a.C.
A vinda do Cristianismo e das Cruzadas, inaugurou uma nova
fase, com os Hospitalários, na logística das guerras, imbuindo o ser humano de
novas obrigações. Evolui a ajuda aos necessitados e aos doentes, bem como aos
que se encontram em trânsito. Eles são socorridos com a ajuda financeira
provida pelos cristãos. O decreto de Milão, de 313 d.C., instituído pelo
imperador Constantino, dotando o Cristianismo da liberdade de ação, e o
Concílio de Nicéia, de 325 d.C., o qual estabelecia o atendimento compulsório
aos carentes e enfermos, constituíram a motivação final para o desenvolvimento
dos hospitais.
As diaconias, nesta época, propiciavam os cuidados
necessários aos que precisavam de socorro. Na cidade de Roma as acomodações
eram mais vastas e bem estruturadas; alguns estudiosos, por esta razão,
avaliaram estes recantos somente como locais de ajuda aos enfermos; mas não se
pode esquecer que os miseráveis e os estrangeiros também eram recepcionados
nestes espaços. Muitas ordens religiosas, durante o período medieval, também se
dedicaram a este trabalho.
Um exemplar dos hospitais construídos em terras islâmicas,
durante a Idade Média, é o do Cairo, edificado em 1283. Nele havia enfermarias
distintas para pacientes com lesões, os que já estavam em recuperação, as
mulheres, os doentes da visão, e assim por diante.
No continente europeu, em fins do século XVIII e princípio
do XIX, como consequência da Revolução Industrial inglesa, impulsionada a partir
de 1750, crescia uma nova e poderosa classe social, a burguesia, imbuída de
novas aspirações nas esferas sócio-econômica e moral.
Neste contexto surgiram os hospitais modernos, estruturados
com novas técnicas, aperfeiçoadas através de longos estudos na área da
Medicina.
Fontes:
Franklin Santana Santos.Perspectivas Histórico-Culturais da
Morte, in Franklin Santana Santos e Dora Incontri (orgs). A Arte de Morrer –
Visões Plurais, Volume 1. Editora Comenius, Bragança Paulista, 2009.
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