Páginas

terça-feira, 29 de abril de 2014

A Evolução dos Hospitais no Mundo


Leslie Aloan, Presidente do INASE

A expressão hospital deriva do latim ‘hospitalis’, de ‘ser hospitaleiro’, de ‘hóspede, estrangeiro’, e  ‘aquele que hospeda’.
Remontam a 3000 anos a.C. dados sobre o exercício da medicina entre os assírio-babilônicos, regulamentada pelo Código de Hamurabi, que data de 2.250 anos a.C.
A vinda do Cristianismo e das Cruzadas, inaugurou uma nova fase, com os Hospitalários, na logística das guerras, imbuindo o ser humano de novas obrigações. Evolui a ajuda aos necessitados e aos doentes, bem como aos que se encontram em trânsito. Eles são socorridos com a ajuda financeira provida pelos cristãos. O decreto de Milão, de 313 d.C., instituído pelo imperador Constantino, dotando o Cristianismo da liberdade de ação, e o Concílio de Nicéia, de 325 d.C., o qual estabelecia o atendimento compulsório aos carentes e enfermos, constituíram a motivação final para o desenvolvimento dos hospitais.

As diaconias, nesta época, propiciavam os cuidados necessários aos que precisavam de socorro. Na cidade de Roma as acomodações eram mais vastas e bem estruturadas; alguns estudiosos, por esta razão, avaliaram estes recantos somente como locais de ajuda aos enfermos; mas não se pode esquecer que os miseráveis e os estrangeiros também eram recepcionados nestes espaços. Muitas ordens religiosas, durante o período medieval, também se dedicaram a este trabalho.
Um exemplar dos hospitais construídos em terras islâmicas, durante a Idade Média, é o do Cairo, edificado em 1283. Nele havia enfermarias distintas para pacientes com lesões, os que já estavam em recuperação, as mulheres, os doentes da visão, e assim por diante.
No continente europeu, em fins do século XVIII e princípio do XIX, como consequência da Revolução Industrial inglesa, impulsionada a partir de 1750, crescia uma nova e poderosa classe social, a burguesia, imbuída de novas aspirações nas esferas sócio-econômica e moral.
Neste contexto surgiram os hospitais modernos, estruturados com novas técnicas, aperfeiçoadas através de longos estudos na área da Medicina.
Fontes:
Franklin Santana Santos.Perspectivas Histórico-Culturais da Morte, in Franklin Santana Santos e Dora Incontri (orgs). A Arte de Morrer – Visões Plurais, Volume 1. Editora Comenius, Bragança Paulista, 2009.

Nenhum comentário:

Postar um comentário