Leslie Aloan, Presidente do INASE
De acordo com o Centro de
Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (2014), cerca de 1 em cada
68 crianças, na idade de 8 anos, foram identificadas como portadoras do
denominado grupo de desordens do autismo. Este número, em 2000, era de 1 a cada
150 crianças. Estes dados claramente nos revelam um aumento em 10 anos de mais
de 100% da prevalência do autismo nos EUA. Ainda, foi detectado entre 2006 e
2008 que 1 a cada 6 crianças possuíam alguma alteração de comportamento, que
podia ser de leve a grave desenvolvimento intelectual, paralisia cerebral e
autismo.
Estes dados preocupantes também
são verdadeiros entre nós. Estima-se que cerca de 1% da população seja portadora
de algum grau de autismo. O estado do Rio de Janeiro tem, atualmente, cerca de
180 mil famílias com pessoas autistas, sendo a maioria delas sem acesso a
qualquer tipo de diagnóstico e tratamento para o transtorno.
O Dia Mundial de Conscientização
do Autismo foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 18 de
Dezembro de 2007, com o intuito de alertar as sociedades e governantes sobre
esta doença, ajudando a derrubar preconceitos e esclarecer a todos. No Brasil,
o Dia Mundial do Autismo é celebrado
com palestras e eventos públicos que acontecem por várias cidades brasileiras.
O objetivo é o mesmo em todo lugar: ajudar a conscientizar e informar as
pessoas sobre o que é o Autismo e como lidar com a doença. Nesta data, vários
pontos turísticos do país são iluminados de azul, cor que simboliza o Autismo. O
autismo está sendo exponencialmente divulgado. Aparecem cerca de 11 milhões de
resultados no procurador Google.
Esta verdade é de conhecimento dos
legisladores e do governo do estado, que já que elaboraram duas leis pertinentes,
a partir de 2012. A Lei 6169/2012 determina a criação de dez centros regionais
de tratamento ao autismo. Seriam espaços com profissionais de diversas áreas
(psicologia, psiquiatria, pedagogia, entre outras), que identificariam e
tratariam os diferentes níveis de autismo.
Em março de 2014, foi sancionada a Lei 6708, que determina as escolas
públicas e particulares a reservarem duas vagas por turma para o aluno autista.
A proposta é permitir o acesso de autistas à Educação, além de permitir a
melhor inclusão deles à sociedade, com a educação inclusiva.
Portanto, temos leis estaduais
homologadas e a sociedade civil organizada pronta para participar ativamente na
operacionalização destes projetos. Existem Organizações específicas, que já
oferecem o seu saber na matéria, com a capacitação de profissionais,
especialmente na área de Educação, para que possam identificar as
características do autismo e, assim, encaminhar a criança à instituição
especializada para tratamento. Existe o consenso, na importância da
identificação e intervenção precoce do autismo, já que isto facilita sobremodo o
desenvolvimento favorável da evolução da criança.
O Instituto Nacional de
Assistência à Saúde e à Educação (INASE), no próximo dia 14 deste mês de março,
esta lançando o Projeto “INASE na Humanização do Atendimento à Pessoa com
Autismo”. O evento ocorrerá com a
Palestra do Dr. Caio Abujadi, mestre em psiquiatria da infância e adolescência
com especialização em autismo. Será apresentado o Protocolo a ser implantado
nos Hospitais de urgência e emergência, iniciando naqueles geridos pelo INASE.
Data: 14 de março de 2014, de 10
às 12 h
Local: Auditório do Business
Center: Av. das Américas, 3500.
Inscrições pelo telefone: 21.
3268-8638, de segunda a sexta no horário comercial.
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